"Fahrenheit 451'' por Ray Bradbury
- Soneca

- 18 de ago. de 2020
- 2 min de leitura
Montag se encontra abismado, perplexo, com sua peculiar conversa durante uma caminhada com Clarisse.
-Você é feliz, Montag ? Questiona ela
Montag fica obcecado a este pensamento até chegar a porta de sua casa e repete a si mesmo:
-Feliz?... Mas é claro que eu sou feliz!...
...

Fahrenheit 451 é uma obra publicada em 1953, na qual nos trás uma versão da sociedade com telas e programações com cores estimulantes a todo canto em que você revirar os olhos, transformando as pessoas em "robôs vazios e felizes".
O livro trabalha um mundo onde universidades foram fechadas, a busca por conhecimento e desenvolvimento acadêmico foi jogada fora e livros foram negligenciados por todos.
Tudo em prol da vida feliz, uma vida na qual você nunca se sentira inferiorizado por ler grandes obras de grandes pessoas e nunca refletira ou exercitara um pensamento critico ou ao menos filosófico sobre a vida que leva, tendo assim , a ausência de se sentir melancólico, sendo estimulado e tendo sempre seus pensamentos "mastigados" por pessoas falando através de telas de televisão.
Pode-se dizer que o trabalho de Ray Bradbury, trabalha o conceito de censura e alienação de forma excitante, criando um cotidiano mega tecnológico.
As casas, com o tempo, foram revestidas com tecnologia para as manter totalmente à prova de fogo, com esse feito, o estado encarregou os corpos de bombeiros de serem "agentes da felicidade", sendo responsáveis por atender a chamados de denuncias para queimar os livros que cidadães por ai continuam a ler.
Em fahrenheit 451 acompanhamos "Montag", um membro dos bombeiros que se descobre abruptamente infeliz, iniciando uma busca pelo "por que" das coisas serem como são, alimentando sua curiosidade e sentimento de desconforto perante seu trabalho e casamento.
Com excelentes diálogos e leitura magnifica, a história de Bradbury é indispensável para quem gosta de distopias e sem sombra de duvidas, te coloca para refletir.

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